Resenha: A Chama da Esperança - A Princesa Renegada - M V Garcia (Série A Chama da Esperança #1)

21 de maio de 2016
Título: A Chama da Esperança - A Princesa Renegada
Série A Chama da Esperança - Livro I
Autora: M V Garcia
Editora: Arwen
Ano: 2016
Páginas: 381
Comprar: Arwen
 A Chama da EsperançaSinopse: Movidos pelo preconceito, pela sede por poder e pela perda, humanos e feiticeiros eram inimigos desde os primórdios de Yuan, gerando guerras e destruição. Durante uma terrível guerra, que ficou conhecida como a Grande Guerra de Willford, Kaira perdeu o seu lar e sua família. Quando uma nova guerra se inicia, ela não faz ideia do que está por vir, mas a jovem feiticeira recebe a difícil tarefa de reunir os cinco clãs de feiticeiros da nova República em um único e poderoso exército. Será que ela vai conseguir? Em uma aventura que percorre as planícies de Ghennas, a montanha gelada de Liore, os desertos de Rockaxe e as margens do rio Armon, Kaira, seu melhor amigo Garo e dois companheiros mais do que improváveis descobrem que há muitos segredos que alimentaram o ódio entre os dois povos.

 Oi gente! A Chama da Esperança - A princesa Renegada é o primeiro livro de uma série fantástica nacional. Eu faço parte de vários grupos no facebook, e sempre via algum post a respeito da obra. Mesmo antes de saber qualquer coisa sobre a história, já admirava o livro pela capa. Li comentários muito positivos do enredo, e fiquei maluca ao receber um e-mail da própria autora solicitando parceria.
 Antes de mais nada, preciso contar para todos o quanto a autora é dedicada. Desde ilustrações, até confecções de brindes personalizados. Seu capricho e cuidado são grandes. Percebemos que sua motivação para escrever é o amor e nada mais.
 Recebi a obra em pdf, e mesmo neste formato, pude constatar o quanto a edição é perfeita. 
 Vamos para o reino de Willford, em Yuan. Por lá, existem feiticeiros. Estes são de muitos tipos, alguns poderosíssimos, capazes de controlar a mente e até mesmo a alma de algumas pessoas. Outros nem tanto. Esse grupo é dividido de acordo com os elementos que são capazes de controlar, entre eles; terra, fogo e ar.
 Mas este reino também é formado por humanos, e estes eram totalmente contra a existência dos feiticeiros. Por isso, em Yuan, não era permitida a entrada de feiticeiros. Assim sendo, eles viviam isolados nas redondezas do reino. 
 A história tomou um rumo inesperado, quando o príncipe Albert Seres se apaixonou pela feiticeira do elemento fogo, Rosaria. Eles se casaram, mas manteram a identidade de Rosaria em segredo. Tudo estava em paz, quando de repente o caos tomou conta do reino.
 Os humanos declararam guerra contra os feiticeiros. Ao que parecia, os primeiros foram mortos injustamente pelos segundos. Já viúva, com uma bebê a tiracolo, a verdadeira identidade de Rosaria fora descoberta, e o povoado do reino viram seu segredo como uma enganação e se voltaram contra sua própria rainha.
 Rosaria era uma fugitiva, e precisava salvar sua pequena Kaira. 
 Vocês nem imaginam a treta que ronda esse enredo. Na verdade, os responsáveis por todo esse caos são um clã poderoso de feiticeiros, os Falcões Negros. Eles manipulavam os dois lados, e a guerra se desenrolava. Muitos inocentes morriam, foi um verdadeiro massacre. Até a rainha não ficou imune. Foi morta ao proteger Kaira, mas felizmente conseguiu lançar um feitiço contra os Falcões Negros, deixando-os fora da jogada por algum tempo. 
 Quinze anos se passaram. Kaira fora criada pelo avô e tia. Nem mesmo os historiados sabiam contar o que havia selado o fim da guerra. 
 Kaira é uma personagem muito diferente. Aliás, todos os personagens do livro foram uma novidade pra mim. Não sei quais foram as inspirações da autora, mas as características deles me fizeram lembrar de Dragon Ball. E só para constar: amo Goku ♥. 
 É um enredo cheio de aventura e tensão, com várias mortes; porém a forma leve como a autora escreve, nos faz compreender até mesmo a violência existente na guerra.
 Não sei classificar muito bem a personalidade de Kaira. E não estou levantando isso como uma negativa. Acho que nem mesmo ela conseguia entender o que estava acontecendo. É impossível não ter um chamego por Kaira. Desde a sua primeira aparição já senti certo apego. 
 Quando os Falcões Negros voltam para o enredo, com a quebra do feitiço, outra guerra fica próxima de começar. E com isso, descobrimos outros personagens, e outras tramas (tetras).
 Eu achava meio impossível os humanos se sobressaírem na guerra, mas eles tem verdadeiros exércitos. E existe um capitão capaz de deixar a Tropa de Elite no chinelo. Estou falando de Hawk. A atmosfera muda quando o cara aparece. Admiração, medo, respeito, e rubores por parte das leitoras. 
 Hawk odeia os feiticeiros. Ele mata friamente, não importa a idade. A morte é mais calorosa que Hawk; ele não tem piedade nem ressalvas. Mas mesmo assim, desde o primeiro instante que o vi, tornei-me uma fã.
 Kaira estava numa posição de desvantagem a meu ver. Tanto os humanos quanto os falcões queriam sua cabeça. Como lutar contra todos, se até mesmo os feiticeiros eram uma raça desunida? Haveria alguma esperança para a harmonia entre os dois lados? Alguém conseguiria descobrir quem eram os verdadeiros vilões dessa guerra?
 M V Garcia acertou em cheio nesta fantasia. Foi muito criativa ao criar um mundo tão perfeitamente visível ao leitor. É um livro mais voltado para o público juvenil, mas esse fato não me impediu de viajar na leitura. Fiquei maravilhada com muitos aspectos, e não sei se irei conseguir descrever tudo aqui na resenha. Só o fato de ter dragões me fez delirar e me tornar uma criança novamente. 
 Eu gosto muito de livros juvenis, e a forma como foi escrito mostra o quanto a autora tem um tato excelente para esse público, sem deixar os adultos perdidos ou desconectados. 
 Um grande erro de muitos autores é criar enredos subestimando a mente dos jovens que irão ler. A autora não fez isso. Criou um enredo excelente para os jovens e adultos, sem deixar complexo demais para os primeiros, nem bobinho demais para os segundos. 
 Talvez a parte que exemplifica mais o que citei ter me lembrado de Dragon Ball, foi o humor presente mesmo em situações que não eram para fazer rir. Acho que só quem assistiu ao desenho poderá me compreender, mas ambos (livro e desenho) tratam com leveza até mesmo a morte. Estamos lendo, então o personagem morre; você sofre um pouco por ele, e bem ali na mesma cena tem algum detalhe que chama mais sua atenção que a própria morte. Por favor, não pensem que estou dizendo que foi algo superficial e frio; quero transparecer o quanto ela foi mestre em fazer isso. Eu sou uma inconformada com a morte, e fujo de livros que matam até mesmo formiguinhas. Mas neste caso, tudo que acontece é facilmente digerido, não terminamos a leitura com aquele sentimento de “ela poderia ter feito diferente”. 
 Minha negativa pessoal, que para o público jovem pode ser um aspecto positivo; se trata do fato que não consegui me envolver com todos os personagens do enredo. Acredito que o grande número e os nomes incomuns acabaram me deixando perdida em alguns momentos. Precisava voltar páginas para identificar novamente quem eram e qual o seu papel. Outro fato, que se sucedeu na metade do livro; foi o enrolar da história. Diálogos muito explicativos, excesso de descrição; saturaram um pouco. Sei que é importante para o público a que se destina, mas para os adultos se torna cansativo. Como leitora, acho que um enredo desse nível dispensaria facilmente essa “enrolação” que vejo comumente em livros do gênero.
 Terminei a leitura querendo muuuito mais. O desfecho me deixou ansiosa para embarcar logo no segundo livro, e querem saber? Tenho um desejo muito romântico para Kaira e Hawk. Li resenhas em que as leitoras sentiram esse desejo por Garo, seu melhor amigo, mas contrariando a todas as leis do universo; eu adoraria um romance impossível no futuro. 
 Recomendo a leitura para quem ama o gênero, é um daqueles livros que você precisa ler para entender o quanto é bom.
Nota: 4/5
Sobre a Autora: 
Assistente Administrativa, mora no interior do Rio de Janeiro. É formada em Artes Visuais e cursa atualmente Pedagogia. Conhecida também pelo pseudônimo Hidaru, é escritora, cosplayer, desenhista freelance e fã colecionadora de livros, videogames de RPG, animes e mangás. Sempre gostou de escrever histórias, fanfics e textos sobre a cultura nerd. A Chama da Esperança é seu livro de estreia no ramo profissional.
Outros livros da Autora:

A Chama da Esperança - Parte II
Extras:
A autora está divulgando em sua fanpage as fichas técnicas dos personagens do livro. Foi uma ótima ideia, pois além de nossa imaginação fluir, ainda nos ajuda muito a compreender suas personalidades e atitudes. Vou compartilhar a imagem dos meus personagens prediletos:



Este é o famoso Hawk. Gente, fiquei super impressionada com esse personagem, em todos sentidos. Principalmente no que diz respeito a piriguetagem literária (me chama de feiticeira e me caça seu lindo).



E esta é Kaira, nossa protagonista de olhos vermelhos feito rubis. Adorei todo seu papel no enredo.

E o livro conta ainda com uma playlist oficial. Ouçam logo mais:




Espero que tenham curtido a resenha. Já leram ou desejam ler essa obra? Me contem nos comentários. Beeijos.

Post por: Bia Gonçalves
Sua maior paixão são os livros que lhe fazem viajar. Odeia mesmices, por isso adora se aventurar nas páginas de uma boa fantasia e se prender a um terror daqueles de parar o coração.
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4 comentários:

  1. Oi, Bia!
    Eu já vi muitos comentários positivos sobre esse livro. Amei as ilustrações, super fofas.
    Beijos
    Balaio de Babados

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    Respostas
    1. Oi Luiza! Espero que leia, é um fofura como um todo.
      Beeijos

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  2. Oi Bia tudo bem? Eu tb me interessei por esse livro pela capa, desenho lindo! Mas quando conhecei um pouco mais a obra me interessei mais ainda. É o tipo de história que tem muitos elementos que me agradam. E depois do seu parecer fiquei mais curioso pra ler :D
    Ah e parabéns por mais uma parceria!
    Beijos!
    André


    Pausa Para Pitacos - TOP COMENTARISTA DE ABRIL
    |

    Pausa Para Pitacos - PROMOÇÃO ME AJUDE A TE AJUDAR!!

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