Resenha: Flor de Cerejeira - Alana Gabriela

26 de agosto de 2016
Título: Flor de Cerejeira
Autora: Alana Gabriela
Editora: Amazon
Ano: 2016
Páginas: 315
Skoob
Comprar: Amazon

Sinopse: “Qualquer um pode cometer um erro.”Yoko sempre teve uma vida relativamente boa e estável, participava da organização do Festival Cherry Blossom, tinha amigos com quem contar na escola, tocava violino e estava treinando para fazer parte da orquestra da Juventude de Macon quando tudo começou a dar errado. Seu pai se envolveu num grave acidente, que acabou matando um pai de família e, foi parar na prisão. Sem a referência paterna, e com todos os problemas financeiros que se acumulam, o distanciamento da mãe, Naomi, que está a cada dia mais se afundando em trabalho, Yoko vê o que sobejou, de sua família, totalmente desestruturado. Em meio à dor da perda, Yoko conhece Aidan Hirsch, um garoto que parece tão desestruturado quanto ela, taciturno e solitário, e que é capaz, acima de tudo, de não julgar, simplesmente ouvir. Aos poucos, um sentimento singelo e inefável ganha forma, surgindo uma história delicada de autoconhecimento, arrependimento, culpa e superação que poderá mudar a vida desses adolescentes se assim escolherem.

 Yoko é uma adolescente de origem asiática que enfrenta uma barra daquelas: seu pai fora preso. Ao contrário de todos os clichês, essa prisão foi mais que justa. Seu pai estava pagando por um erro que cometera, dirigindo embriagado e causando um acidente que resultou na morte de um homem. E para piorar ainda mais a situação, abandonou o local sem prestar socorro.
 Apesar da justiça ser feita, Yoko sofre demasiadamente, afinal se tratava de seu pai. Porém, seu drama está apenas começando.
 Por ter o pai preso, todos os seus amigos se afastaram. E na escola enfrentava os piores tipos de preconceito e violência. As pessoas a julgavam. Ninguém compadecia de sua dor, tão pouco compreendia que Yoko não podia pagar por algo que o pai cometera.
 E nesse cenário conhecemos então Aidan, um garoto que parecia gostar da solidão. Ele era absolutamente lindo, mas um vídeo que mostrava toda sua violência na internet acabara por repelir as pessoas.
 O destino e a solidão acabam por unir Yoko e Aidan, fazendo florescer uma grande amizade.

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 Temos um enredo original, isso é fato. A autora foi brilhante em ter a ideia de colocar situações tão reais na obra, e não tem o que se discutir quanto a isso. Porém, a forma em como a história foi conduzida somada à construção dos personagens deixaram a desejar.
 Desde o primeiro capítulo não me simpatizei por Yoko, não consegui captar sua essência, e muitas vezes seus dramas não eram convincentes, dando a perceber incoerência. Compreendia toda sua dor, mas não conseguia entender toda a situação que ela enfrentava na escola por não ter noção de como era sua vida antes daquilo. Foi difícil entender a relação da jovem com sua família, assim sendo, acabei por não me compadecer de sua dor em ter o pai preso. Em minha opinião, faltaram informações sobre sua vida familiar antes de toda a tragédia.
 Quando Aidan foi introduzido no enredo, fiquei ainda mais confusa. Não consegui entender como ele poderia acrescentar algo na vida de Yoko. E mais uma vez, bato na tecla que faltou mais detalhes. O que é estranho, pois a escrita da autora é descritiva, não podendo dar brecha para essa ausência de detalhes que disse há pouco.
 Ressalto que essa é uma opinião pessoal. Talvez não seja um problema em como a história foi desenvolvida e sim o fato de eu não ter sensibilidade suficiente para compreender a situação de ambos os personagens. Não funcionou para mim, infelizmente.
 Porém, a crítica principal e impessoal é sobre a revisão da obra. Contém erros que incomodaram muito durante a leitura e não são cabíveis em um livro. Torna-se indispensável uma nova revisão, com a correção de tais erros. Uma vez que a obra for revisada, deixarei minha recomendação para todos que gostam de dramas adolescentes.
Nota: 2/5
Sobre a autora:
Alana Gabriela é uma acadêmica autora de 20 anos. Leitora e escritora ávida, cria histórias desde 2013 e tem mais de doze livros escritos e mais quatro projetos em andamento. Alana escreveu e confeccionou artesanalmente seu primeiro livro aos dez anos; O Rapto, primeira obra intitulada da autora, era baseada no filme Chamas da Vingança, que chamou muito sua atenção quando garotinha. Publicou Efeito Dominó pela Amazon para divulgar seus escritos, bem como Histórias em Retalhos, uma coletânea de contos singelos. Seu primeiro livro físico, A Estranha Mente de Seth, foi publicado pela Editora Autografia e já se encontra no mercado. Alana divide seu tempo entre bloggar, escrever, compor canções, assistir seriados, como The Walking Dead, The Blacklist, ouvir música Indie e Jazz, ler e estudar na UFS. Alana gosta de olhar para o céu em dias de chuva!
Outras Obras:

Efeito Dominó - Parte I A Estranha Mente de Seth Histórias em Retalhos 
Rosas de Cabeceira Querido Louis

Post por: Bia Gonçalves
Sua maior paixão são os livros que lhe fazem viajar. Odeia mesmices, por isso adora se aventurar nas páginas de uma boa fantasia e se prender a um terror daqueles de parar o coração.
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4 comentários:

  1. Oi Bia,
    Que pena que não funcionou para você.
    Eu já vi elogios enormes a obra e a Alana (que sempre é um amor de pessoa), mas entendo que nem todos conseguem se conectar a história da mesma maneira. Uma pena!
    Beijos
    https://estante-da-ale.blogspot.com.br/

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    1. Oi Ale!! Eu também considero uma pena, acredite não gosto de não gostar de um livro rsrsrs. Também vi muitos elogios, e fiquei receosa em divulgar minha opinião principalmente a respeito da revisão. Mas, após reler e analisar mais detalhadamente, vi que seria uma falta de respeito principalmente com a autora, que é sempre tão carinhosa e receptiva.
      Beijos

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  2. Olá!
    Já conferir um texto da Alana e gostei bastante, mas era um livro mais adulto e não tinha esses problemas com a revisão. Uma pena, então, que a obra pecou nesse ponto.
    Eu não curto muito enredos adolescentes, então acho que a obra não me acrescentaria tanto. Dessa vez, passo a leitura.

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    1. Oi Marcos! Foi a única obra que li da autora, mas apesar de não ter gostado, com certeza lerei outras. Já ouvi comentários muito positivos a respeito das obras voltadas para o público adulto.
      Beijos

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