Praticando a lei do abandono

24 de setembro de 2016
 Olá amores!! Estou sumida, eu sei, mas tenho motivo. Fiquei doente, precisei fazer um exame monstruoso (digno de publicação da DarkSide), e por isso vocês ficaram sem atualizações no blog e nas redes sociais.
 Já adianto que isso vai se repetir na próxima semana.
 Hoje venho contar para vocês que estou praticando a lei do abandono literário. 

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 Sim, não se espantem e nem corram para as colinas, explico tim tim por tim tim logo mais, só clicar nesse coraçãozinho logo abaixo que ficarão por dentro dessa decisão tão cruel para um livro...

 Antes mesmo de ser blogueira, era praticante dessa lei do abandono. Se um livro não me agradasse até no máximo o terceiro capítulo, abandonava e partia para outra. Porém, quando comecei a blogar, passei a evitar abandonar a leitura de uma obra.
 Constantemente tenho me deparado com muitos livros contemporâneos, nacionais e estrangeiros, que trazem graves erros de coerência e gramática.
 Pegar um livro com esses dois problemas é inaceitável. Não estou querendo bancar a crítica literária, tão pouco a sábia do português, pois estou longe disso. Cometo erros também, tenho a necessidade de ler e reler várias vezes um post para ter certeza que não contém nada escrito incorreto ou que fuja da concordância gramatical, e mesmo assim não estou imune a errar. Agora um livro... poxa ele deve ter a função de enriquecer meu linguajar, não importa que traga um enredo sobre monstros ou sobre erotismo. Vocês não concordam comigo?
 Ok, erros a parte, percebi, talvez um pouco tarde demais, que a vida é muito curta para insistirmos em enredos que não nos despertam interesse.  Ressalto que isso é algo muito pessoal, um livro que não funciona para mim pode ser o seu favorito e vice-versa; mas os anos de leitora que carrego nas costas, estão despertando meus sentidos de saber , finalmente, escolher melhor o que quero ler.
 Como sou eclética, acabo tendo muitos gêneros diferentes na estante, então essa escolha é realmente muito difícil pra mim. Descobri recentemente que terror e fantasia realmente me empolgam, mas isso não significa que não quero ler mais romances. Porém, não quero terror que não consiga despertar aquela adrenalina do medo em mim; tão pouco romances que não consigam me fazer suspirar. 
 Por esse motivo, decidi simplesmente abandonar o que não funciona. Claro que existe muita cautela nisso tudo, não vai ser assim li uma página e abandonei, afinal continuo sendo leitora, e tomar essa atitude leva muitas páginas e muita concentração.
 Avaliar o que pode melhorar com o passar das páginas é uma decisão que exige muita sabedoria, sem exageros. Fico com meu coração partido em concluir que, não importa o quanto irei ler, o livro não vai ser bom para mim. 

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 Em menos de uma semana abandonei dois livros: Bela Maldade de Rebecca James e A menina mais fria de Coldtown, de Holly Black.
 O primeiro livro traz duas adolescentes, uma nada popular que esconde um grande segredo e a outra, o oposto, popular, mora sozinha, aparenta ter tudo. Tudo me levava a crer que teria uma grande trama, cheia de suspense, mas o que realmente tive foi uma trama totalmente juvenil, sem muitas surpresas. Isso não é ruim para quem ama tramas juvenis, só que a titia aqui já tem 29 anos e não se convence com segredos de adolescentes (a não ser que sejam um vampiro, um morto-vivo, um fantasma). Para começo de conversa, achei muito mimimi o segredinho da personagem principal, torci a todo custo que ela morresse. Brincadeira, torcia para que acontecesse algo de surpreendente; porém a leitura foi maçante, não rendia e eu não sentia curiosidade nenhuma a respeito das personagens. Abandonei!!


 Já que estava numa vibe romântica, precisava de algo mais perturbador, e há tempos estava com A menina mais fria de Coldtown parado na estante. Olha só o que supostamente encontraria no livro: terror e ficção. Fui a procura disso, e na primeira página fiquei realmente encantada com a escrita da autora. A protagonista acorda de ressaca em uma casa onde ocorreu uma festa, então descobre que todos os seus amigos e conhecidos estão mortos. Os únicos sobreviventes são ela, seu ex-namorado que havia sido mordido por um vampiro e um misterioso rapaz vampiro que parece estar correndo perigo também. Caraca a história tem vampiros monstruosos, uma epidemia toma conta do mundo, e os infectados bem como os transformados, são enviados para, como posso dizer, algo como uma área de isolamento chamada Coldtown. A premissa é incrível, a ideia em colocar vampirismo como um mal da contemporaneidade foi realmente espetacular e convincente. Porém, a autora introduziu uma adolescente fraca como protagonista. Perdoem-me os fãs, mas foi justamente isso que aconteceu.  Como alguém em sã consciência pode pensar em namorico quando o mundo está sendo devastado por vampiros? E tem mais, o ex dela estava sedento por sangue, o cara nunca valeu nada, o que você caro leitor faria se sua ex insuportável fosse um risco para sua sobrevivência? Eu abandonaria, no sol de preferência.
 Enfim, isso não vem ao caso e sinceramente até compreenderia, mas os pensamentos da protagonista foram irritantes e meu único sentimento era de raiva. Pulei algumas páginas, adivinhem? A mesma ladainha. Sinceramente? Bella de Crepúsculo consegue ser mais legal. Ahh falando em Bella, lembram daquela frase "então o lobo se apaixonou pelo cordeiro"? Temos uma citação mais ou menos assim no livro (não é na íntegra, não estou com o exemplar em mãos, então que sirva apenas para comparação): "o rato se encantou pela cobra". 
 Adiantava eu continuar lendo? Não!! Assim sendo, abandonei e vou dar o exemplar para sorteio. 


 Automaticamente, a lei do abandono me levou a praticar ao mesmo tempo, a lei do desapego. Li um texto maravilhoso do Marcos, blog Desbravador de Livros, intitulado "Quem é maduro dá sem medo". Fiquei refletindo a respeito, e sabe, ele está coberto de razão quando diz que: livro parado na estante não é melhor do que humano sedentário morrendo em casa. 
 Ando repassando mais livros ultimamente, seja para sorteio, seja como presente, seja para ser lido e resenhado por outra pessoa. E acho que finalmente estou amadurecendo enquanto leitora.
 Acrescento ao texto do Marcos que maduro é aquele que dá sem medo e que ainda, sabe o momento certo em se retirar. Só espero conseguir ser madura o suficiente para escolher aquilo que realmente irá despertar ainda mais minha paixão pelos livros.

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 Já aconteceu isso com vocês? Qual livro você abandonou antes do final? Comentem!

 Beijos amores, até mais.






Post por: Bia Gonçalves
Sua maior paixão são os livros que lhe fazem viajar. Odeia mesmices, por isso adora se aventurar nas páginas de uma boa fantasia e se prender a um terror daqueles de parar o coração.
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11 comentários:

  1. Olá, Bia.
    Particularmente, não gosto de abandonar livros, pois sempre acredito que possa surgir uma reviravolta mirabolante - embora nem sempre isso aconteça rsrsrs.
    Quanto aos erros de coerência e gramática presentes nos livros, acho uma pena, pois isso mostra que não tiveram o devido cuidado na revisão da obra.

    Abraço!
    http://tudoonlinevirtual.blogspot.com.br/

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    1. Oi Sávio! Eu também não gosto de abandonar, mas como disse no post, acho necessário quando não tenho conexão.
      Beijos!!

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  2. Amei o post! ❤
    Eu tento ao máximo encontrar alguma conexão com o livro, mas às vezes nem com reza brava consigo ir adiante. Em 30 anos abandonei 3 livros, um por década, acho que estou bem, hahaha. O primeiro foi "O Ateneu", abandonei no penúltimo capítulo, isso mesmo, rs. O segundo foi "Antes vai para o tudo ou nada" é um livro estilo "Diário de um banana", mas é tanta informação em termos de rabiscos e ilustrações que meu cérebro pediu socorro, kkkk. O terceiro foi "Subindo pelas paredes", o livro é queridinho por uma galera, mas não consegui engolir, fiquei com ódio da autora e ainda não consegui iniciar outro livro dela.
    Tiveram outros que com muito custo conseguir finalizar, mas me recuso a ler as continuações, como A seleção (sou fui até o 2, com os olhos revirando a cada 2 segundos) e Easy, sério, Lucas é o homem mais "chato" do universo literário.

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    1. Oi amore!! Esse ano abandonei esses dois ai do post, mas não sei contabilizar quantos abandonei. Não foram muitos, mas com certeza mais que 3.
      Ahh Lucas é um seboso kkkkk, odeio esse personagem.
      Beeijos

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  3. Amei o post! ❤
    Eu tento ao máximo encontrar alguma conexão com o livro, mas às vezes nem com reza brava consigo ir adiante. Em 30 anos abandonei 3 livros, um por década, acho que estou bem, hahaha. O primeiro foi "O Ateneu", abandonei no penúltimo capítulo, isso mesmo, rs. O segundo foi "Antes vai para o tudo ou nada" é um livro estilo "Diário de um banana", mas é tanta informação em termos de rabiscos e ilustrações que meu cérebro pediu socorro, kkkk. O terceiro foi "Subindo pelas paredes", o livro é queridinho por uma galera, mas não consegui engolir, fiquei com ódio da autora e ainda não consegui iniciar outro livro dela.
    Tiveram outros que com muito custo conseguir finalizar, mas me recuso a ler as continuações, como A seleção (sou fui até o 2, com os olhos revirando a cada 2 segundos) e Easy, sério, Lucas é o homem mais "chato" do universo literário.

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  4. Oi, Bia!
    Espero que seus exames sejam só rotinas mesmo.
    Então, eu comecei a praticar a lei do abandono ano passado. A leitura se tornava algo obrigatório e não queria isso. Hoje em dia, eu abandono sem medo de ser feliz.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe da promoção de aniversário do Balaio de Babados e Postando Trechos
    Participe da promoção 1 Ano de Estilhaçando Livros
    Participe da promoção 5 Anos de Além da Contracapa

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    1. Oi Lu!!!
      Obrigada ♥
      Exatamente isso, ler não deve ser obrigação.
      Beijos

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  5. Oiii Bia

    Te desejo melhoras e que teus exames saiam tudo bem. Espero que vc volte logo e firme e forte pra blogar aqui pra nós.
    Essa lei do abandono eu pratiquei em momentos estritamente necessários, tem hora que não dá mesmo né? Confesso que ainda fico com pena / consciência pesada de abandonar um livro porém, de uns tempos pra cá, ando desencanando mais e como vc disse o tempo já é curto, então nesses poucos minutos de lazer tem que ler mesmo oque nos atai e não terminar algo maçante por pura obrigação.

    Beijos

    unbloglitteraire.blogspot.com.ar

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    1. Oi Alice!! Muito obrigada amore, se Deus quiser as coisas irão se normalizar logo logo.
      Me sinto assim também, fico pesarosa e toda ressentida de abandonar, mas as vezes é realmente necessário. Que bom que você me compreendeu!!!
      Beeijos ♥

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  6. Olá Bia!

    Melhoras moça, tudo de bom para você :)
    Eu ando nessa também. Só insisto quando a coisa ta ruim, mas a curiosidade de saber o que acontece é maior, caso contrário tchau livro, vai para a troca no Skoob. Ando também mais seletiva naquilo que vou ler.

    Bjs

    EntreLinhas Fantásticas

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    1. Oi amore, muito obrigada ♥
      Eu estou colocando para sorteio rsrsrs.
      Beeijos

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